FC Porto 10/11

O que não tem remédio remediado está e Villas Boas defronta hoje a Académica com meia equipa em risco de não poder alinhar na próxima jornada, a 3 de Abril, na Luz, com o Benfica: Helton, Álvaro Pereira, Fucile, Fernando e Guarín.

E só não são mais, sete ao todo que estão na mesma situação, porque o treinador portista abriu uma pequena excepção e ainda se precaveu para o caso de poder ficar quase sem defesa - a mais flagelada por cartões amarelos -, deixando Sapunaru e Otamendi fora da convocatória. Souza, igualmente preterido, deveu-se unicamente a opção técnica.

Poderá ainda Villas Boas, neste quadro real de perigo iminente, ir a jogo com uma parte dos jogadores que têm sobre si a pressão enorme de cumprirem a sua missão sem mácula? Isto é, sem fazerem faltas que possam levar o árbitro a mostrar-lhes o cartão que negará o acesso ao jogo que, independentemente de poder ou não já decidir o título, será uma espécie de tira-teimas entre as duas equipas? Não deverá ser o caso, pelo menos de início.

Resolver depressa, mais do que bem, será o objectivo, para então depois respirar fundo e retirar do relvado aqueles que possam ser mais sujeitos a ver o cartão amarelo.

Villas Boas quer ir à Luz de corpo inteiro, mas tem um jogo para ganhar, com a Académica, que mais do que ameaçar vergar o FC Porto no campo poderá fazer mossa na sua estrutura nuclear.

É um nome que quase desapareceu dos noticiários dos portistas. Será notícia quando voltar a ser chamado, algo que já não acontece desde Janeiro. Os rumores de más noites do jogador foram desfeitos na hora por André Villas Boas.

O treinador nem gosta muito de abordar o tema, mas quando o faz apresenta outros exemplos de ausências nas convocatórias, como os casos de Sereno ou Kieszek. «Há-de ter as suas oportunidades», garantiu ainda na semana passada o técnico portista.

Teodoro Fonseca, agente de Hulk e que está também ligado a Walter, garante que o jovem ponta-de-lança não anda desanimado. «Ele compreende que a equipa está a jogar muito bem, que tem de encontrar o seu espaço no dia em que voltar a ter novas oportunidades», garante, afirmando que o jogador «está sereno e muito contente».

Walter está a caminho de ser pai, os pais da esposa estão pelo Porto para darem apoio num momento tão importante. «Tudo isso são pormenores que o mantêm tranquilo. Ele é um grande avançado e pessoa de dizer tudo o que lhe vai na alma».
Fonte: ABola

Machado escreveu:Nunca apreciei muito o Walter, acho que se o Porto deixar sair o Falcao, terá de ir buscar um ponta de lança de grande qualidade, não me parece que o Walter tenha 'estofo' para substituir o grande Falcao.
A ver vamos.

Guarín derretido com as evidências da sua campanha. Delirante série goleadora do médio continua activa. Não há quatro sem cinco: e se o portista alterar o ditado na Luz?

Guarín anda com visões do paraíso, seguindo por uma passarela de nuvens que o deixa no céu. «Posso dizer que sim, que este é o melhor momento da minha carreira», elege o médio do FC Porto, alimentado por uma alma engrandecida. A intimidade com o golo despertou um jogador, até aqui, desconhecido. «Nunca marcara quatro vezes seguidas. Estou muito feliz e contente», resume toda a excitação que envolve o presente, numa série de quatro remates certeiros noutros tantos jogos consecutivos.

«Era isto que queria. A paciência que tive para obter estes resultados também foi importante. Espero manter este nível alto», não se dá por satisfeito, depois de vencer uma maratona de persistência que lhe garantiu a titularidade. «Não é fácil atingir uma fase assim. Agradeço aos meus companheiros e ao técnico pelo apoio e moral que me deram», dá prova do seu reconhecimento, ele que anda a gritar o refrão do golo desde Moscovo: o União, em Leiria, o CSKA e a Académica, no Dragão, escutaram os ecos...

O próximo capítulo da pontaria do colombiano até pode combinar com um cenário de festa azul e branca: o calendário transporta-o para a Luz... «Se surgir a oportunidade, será seja bem-vinda. Importante é manter esta mentalidade, tranquilidade e cabeça fria, pois sabemos que precisamos de uma vitória para o título. E ela vai chegar, seja na capital, no Dragão ou onde for», é insensível à geografia da consagração: «Estamos mais perto. Há que continuar a trabalhar desta forma para somar mais três pontos e, aí sim, celebrar a vitória no campeonato.»

O FC Porto, através de nota publicada no «site» oficial, abordou o atentado de que foi vítima a equipa de futebol do Benfica na última noite, atingindo o presidente do clube.

O clube azul-e-branco considera «lamentável» e «condenável» mais este caso, lamentando, no entanto, o tratamento desigual, uma vez que, lembra-se, Pinto da Costa «foi igualmente atacado e atingido por pedras ao passar por baixo de um viaduto quando circulava na auto-estrada A5, em Lisboa, a 24/01/2010».

Mais, estranha-se a reacção pronta do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que já prometeu «tolerância zero» neste tipo de actos de violência. «Rui Pereira é ministro de Portugal, não é ministro de nenhum clube ou de nenhum grupo de adeptos. Como responsável pela Administração Interna tem a obrigação de cuidar para que todos os cidadãos circulem à vontade no país, como tem a obrigação de ordenar investigações igualmente implacáveis para situações similares. Fazê-lo só às vezes, é lamentável e só ilustra como não reúne as condições para ser ministro de Portugal», pode ler-se na nota publicada pelo FC Porto.

Garante-se ainda que no FC Porto condena-se todo o tipo de violência e que jamais se aceitará que sistematicamente se procure associar o nome do FC Porto e dos seus adeptos a qualquer tipo de incidentes.

Machado escreveu:De referir, isto:

"...lamentando, no entanto, o tratamento desigual, uma vez que, lembra-se, Pinto da Costa «foi igualmente atacado e atingido por pedras ao passar por baixo de um viaduto quando circulava na auto-estrada A5, em Lisboa, a 24/01/2010»."

Machado escreveu:Não interessa, o importante é que quando aconteceu, foi tratado de maneira desigual, não chega?

Machado escreveu:Tratados de maneira desigual? Diz-me quando.
O vosso presidente levou c uns calhaus, é este alarido todo que é correcto, mas deve ser feito em todas as situações, não só em algumas, isso chama-se parcialidade.

Desta feita a vítima foi a Casa do FC Porto em Coimbra. Com vidros partidos devido ao arremesso de pedras da calçada, as marcas são visíveis de uma violência extrema. “Até na parede no fundo da casa estavam marcas das pedras”, revelou o presidente da direção da sede.

“É uma ato que todos reprovamos. Estamos fartos de lidar com pessoas que não gostam de desporto e apenas lhe interessam praticar o mal”, disse Ricardo Cruz.

O dirigente da Casa do FC Porto mostra-se indignado “com estes atos de vandalismo que vão muito mais além do que significa apoiar um clube”.

Sem olhar a cores clubísticas, Ricardo Cruz condena os atos “feitos por pessoas que não gostam de desporto”.

Os atos aconteceram durante “o fim de tarde de hoje (terça-feira) entre as 17 e as 18 horas”, revelou o dirigente. Acrescentando que “felizmente não se encontrava ninguém dentro da sede”. “Ficam apenas os danos materiais, mas também o medo de isto suceder com alguém no interior”, finalizou.

Helton agarra a melhor época

Helton pode estar a caminho de fazer o melhor campeonato desde que está em Portugal. Motivadíssimo desde o início da temporada e com maior responsabilidade, pois passou a usar a braçadeira de capitão, o guardião portista leva apenas sete golos sofridos, à 24ª jornada. Parecido, só na segunda época de Jesualdo Ferreira no clube, em que à mesma altura tinha sofrido nove golos.

Helton da Silva Arruda nasceu a 18 Maio de 1978, em S. Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro. Já vestiu a camisola da canarinha, mas é hoje, indiscutivelmente, um dos melhores guarda-redes a actuarem na Europa. Não se livra de algumas críticas, até de algumas desconfianças. Por exemplo, o jogo de pés incomoda sobremaneira os adeptos, porque o guarda-redes joga quase no limite e não se inibe de fintar um adversário, mesmo quando não tem um colega por perto. Os adeptos não gostam e às vezes assobiam.

Helton já disse que fica triste com isso, porque «é aborrecido, ao cabo de uma semana de trabalho duro, chegar ao domingo e não ver reconhecido esse trabalho». Mas hoje, os adeptos até esse pormenor lhe perdoam, porque o guarda-redes está num momento de forma excelente.

Quando a equipa não entra bem no jogo e o adversário aproveita para se aventurar, tem sido Helton a dar confiança com defesas bonitas, arrojadas, ou simplesmente reveladoras de uma extrema concentração no jogo. Os números do campeonato, e só do campeonato, dão uma ajuda importante para justificar todos elogios: apenas sete golos sofridos, à 24.ª jornada (na época passada tinha sofrido três vezes mais esse golos).

Ou seja, também se pode concluir que a boa época do FC Porto começa, realmente, na baliza. A confiança de Helton, o estatuto que o futebolista ganhou no clube, colocam-no num plano bem agradável, como já não se via desde o tempo de Baía. Não é tão espectacular ou elegante, mas tem um nível que bate certo com a qualidade desta equipa de André Villas Boas.

ABola

Machado escreveu:Exacto, os maus somos nós e os santinhos são os outros.